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quinta-feira, 31 de março de 2011

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O Remédio de José Alencar .

Por Amilton Menezes

Eu estava resistindo a idéia de escrever sobre a morte do ex-vice presidente, José Alencar. Tantos tem feito isso muito bem. É também curiosa essa generosidade humana: quando alguém morre, por mais conturbada que tenha sido em vida, nessa hora os elogios e as virtudes sobrepõem as críticas e aos defeitos.

Não vou apontar defeitos nem criticar esse homem público. Longe disso! O vi, pessoalmente, apenas uma vez. Eu estava em Brasília, para uma série de reuniões, há uns dois anos atrás. Ao chegar à noite ao hotel onde estava hospedado, percebi uma movimentação fora do normal. Muitos seguranças e repórteres. O senso jornalístico aflorou na hora. Aproximei-me do grupo, em frente ao hotel, ficando logo atrás dos repórteres que cercavam com perguntas, o então vice-presidente da República.

Permaneci ali apenas alguns minutos. Em dado momento os olhos claros dele cruzaram com os meus. Curiosamente ele passou a responder as perguntas dos jornalistas olhando-me diretamente. Havia bondade e segurança. No olhar e nas palavras que proferia.

Desde então passei a acompanhar mais detidamente a trajetória de José Alencar. Muitas vezes orei por ele. Não somente pela saúde, mas, principalmente, para que a graça maravilhosa de Deus o transformasse completamente.
Por Amilton Menezes
É raro e positivo o fato de que, mesmo sendo um político, tenha alcançado tão naturalmente e generosamente a aprovação e o respeito da opinião pública. Porém, o maior exemplo que ele deixa, enquanto agora dorme o sono tranqüilo da morte, é a luta consciente e determinada contra a implacável doença. Sempre alegre e otimista!

Em todas as ocasiões foi simples e franco ao testemunhar. “Eu não quero viver nenhum dia que não possa ser objeto de orgulho. Peço a Deus que não me dê nenhum tempo de vida a mais, a não ser que eu posso me orgulhar dele”, disse em 17 de fevereiro de 2009.

Não tenho nenhuma dúvida que essa coragem e serenidade foram fundamentais para sobreviver a tantas cirurgias complicadas. Por isso, cada vez que ler Provérbios 17:22 vou lembrar dele e do melhor remédio: “A alegria faz bem a saúde; estar sempre triste é morrer aos poucos”.

José Alencar descansa, agora. O futuro dele está selado. Só o Deus justo e misericordioso conhece e o recompensará na hora certa. Você e eu, porém, ainda estamos vivos. Aproveitemos bem esse dom divino. E usemos o remédio certo!

Extraido de: Blog do Amilton Menezes

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