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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

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Texto do Pr. Amilton Menezes, Diretor da Rádio Novo Tempo, sobre a calamidade na Região Serrana-Rj

Quando as montanhas descem

Morei em Nova Friburgo praticamente três anos. De agosto de 2002 até junho de 2005. Além de dirigir a Rede Novo Tempo de Rádio tive o privilégio de concluir o curso de jornalismo na Estácio de Sá. Paisagem montanhosa paradisíaca. Clima agradabilíssimo. Como as pessoas. Fiz muitos amigos em Friburgo.
Sempre nessa época do ano, voltando de férias, ficava apreensivo com as intensas e diárias chuvas de verão. Da sacada do apartamento onde morava, via freqüentemente o Rio Bengalas, que corta a cidade, subir assustadoramente. Os relatos de enchentes históricas eram assustadores também. Graças a Deus, porém, não enfrentei  nenhuma grande calamidade ou desastre.
Desde que as primeiras notícias das avalanches, enxurradas e enchentes começaram a chegar, o meu coração tem ficado apertado. Compulsoriamente vem à lembrança amigos, vizinhos, colegas de trabalho e faculdade; lugares, situações e momentos protegidos do esquecimento.
Tenho orado por todos de Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e toda a aquela região. Temos uma respeitada emissora Novo Tempo em Teresópolis que também está empenhada em mobilizar a população prestando um serviço público exemplar nessa tragédia. É hora de oração e ação.
A dor e o espanto com o tamanho do desastre levam-me, naturalmente, aos questionamentos, à reflexão e, naturalmente, à submissão à vontade do Deus Todo Poderoso. Não tenho todas as respostas. Tampouco as terei deste lado da eternidade. Tenho, porém, a certeza de que Ele ainda está no comando. E que continua sendo a fonte do amor. O próprio amor. Ainda que as montanhas se desmanchem.
O momento é de dor, lamento, questionamento, trabalho duro, reconhecimento e sepultamento de corpos. É também o tempo da escassez, da falta de água na torneira, da comida na mesa, do combustível, das lágrimas misturadas à chuva e ao barro da faxina e reconstrução. É tempo de recomeçar.
A distância, porém, caro leitor, não nos impede de amenizarmos a necessidade física e material de nossos irmãos da região serrana fluminense. Além de orar, envolva-se em algum projeto emergencial. A ADRA, por exemplo, está fazendo sua parte. Trata-se de uma ONG cristã internacional, presente em todos os lugares com o indispensável apoio solidário. Uma contribuição financeira fará a diferença. No Bradesco, agência 1125-8, c/c 43493-0 é possível colaborar.
O salmista, dos tempos bíblicos, erguia os olhos para as montanhas e questionava: “De onde me virá o socorro?”. Imediatamente respondia: “O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra… Ele não cochila, nem dorme.” (Salmo 121:1-3).

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