Quando as montanhas descem
POSTADO EM: TEXTOS

Sempre nessa época do ano, voltando de férias, ficava apreensivo com as intensas e diárias chuvas de verão. Da sacada do apartamento onde morava, via freqüentemente o Rio Bengalas, que corta a cidade, subir assustadoramente. Os relatos de enchentes históricas eram assustadores também. Graças a Deus, porém, não enfrentei nenhuma grande calamidade ou desastre.
Desde que as primeiras notícias das avalanches, enxurradas e enchentes começaram a chegar, o meu coração tem ficado apertado. Compulsoriamente vem à lembrança amigos, vizinhos, colegas de trabalho e faculdade; lugares, situações e momentos protegidos do esquecimento.
Desde que as primeiras notícias das avalanches, enxurradas e enchentes começaram a chegar, o meu coração tem ficado apertado. Compulsoriamente vem à lembrança amigos, vizinhos, colegas de trabalho e faculdade; lugares, situações e momentos protegidos do esquecimento.
Tenho orado por todos de Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e toda a aquela região. Temos uma respeitada emissora Novo Tempo em Teresópolis que também está empenhada em mobilizar a população prestando um serviço público exemplar nessa tragédia. É hora de oração e ação.
A dor e o espanto com o tamanho do desastre levam-me, naturalmente, aos questionamentos, à reflexão e, naturalmente, à submissão à vontade do Deus Todo Poderoso. Não tenho todas as respostas. Tampouco as terei deste lado da eternidade. Tenho, porém, a certeza de que Ele ainda está no comando. E que continua sendo a fonte do amor. O próprio amor. Ainda que as montanhas se desmanchem.
O momento é de dor, lamento, questionamento, trabalho duro, reconhecimento e sepultamento de corpos. É também o tempo da escassez, da falta de água na torneira, da comida na mesa, do combustível, das lágrimas misturadas à chuva e ao barro da faxina e reconstrução. É tempo de recomeçar.
A distância, porém, caro leitor, não nos impede de amenizarmos a necessidade física e material de nossos irmãos da região serrana fluminense. Além de orar, envolva-se em algum projeto emergencial. A ADRA, por exemplo, está fazendo sua parte. Trata-se de uma ONG cristã internacional, presente em todos os lugares com o indispensável apoio solidário. Uma contribuição financeira fará a diferença. No Bradesco, agência 1125-8, c/c 43493-0 é possível colaborar.
O salmista, dos tempos bíblicos, erguia os olhos para as montanhas e questionava: “De onde me virá o socorro?”. Imediatamente respondia: “O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra… Ele não cochila, nem dorme.” (Salmo 121:1-3).
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